Recomendações sobre atividade clínica durante a pandemia de SARS-CoV-2

Caros colegas,

Nestes tempos difíceis, da pandemia do SARS-Cov-2, esperamos que todos tenham tomado medidas preventivas para garantir a vossa segurança e dos vossos entes queridos.

A evolução da situação geradora de uma crise de saúde pública recomenda que, dentro da nossa prática clínica, possamos contribuir para a sua resolução.

A SPCPRE recomenda, com base nas informações atuais, e sabendo que todas as instituições publicas e algumas privadas suspenderam as cirurgias eletivas não prioritárias e consultas não urgentes, exceto as que se enquadram em pós operatórios, a suspensão de todos os procedimentos não urgentes, ou seja, toda cirurgia eletiva e consultas, que podem contribuir para a disseminação desnecessária da doença.

Acresce que no nosso trabalho diário, não podemos manter a distância recomendada de 1 metro em relação aos pacientes, quer nas cirurgias quer em consulta, sendo por isso veículo de transmissão, o que pode sobrecarregar os serviços de saúde. Durante todo o procedimento cirúrgico eletivo não prioritário, podemos colocar em risco desnecessariamente pacientes e equipe cirúrgica.

É nosso dever, como médicos, reduzir a propagação desta doença e incentivar os nossos membros a implementar decisões que minimizem a mobilidade do paciente (incluindo consultas e cirurgias), como parte do esforço coletivo que está a ser implementado para parar o COVID 19.

Esta recomendação é válida até 31 de março 2020.

Pedimos a todos que sigam as recomendações da Direção Geral de Saúde e da Ordem dos Médicos. A SPCPRE incentiva os seus membros a seguir estes conselhos e emergir como responsáveis profissionais de saúde nesta crise. Estamos cientes das consequências financeiras para todos nós, mas os perigos de não agir em solidariedade durante estes tempos são maiores. Não será bom, se cirurgia não urgente ocorrer nesta situação extraordinária.

Somos todos profissionais de saúde disponíveis para colaborar com os nossos conhecimentos médicos com os serviços de saúde. São tempos difíceis para todos nós.

Cordiais saudações,
A direção da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética

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